sábado, 30 de agosto de 2008

Quanto poder afinal tem a beleza?

Semana passada, vendo revistas de moda, comportamento e claro, beleza, fiquei me questionando qual o valor exato que ela tem na nossa vida, e se é ela o tem de forma exata.

Porque na verdade, e sejamos todos muito sinceros: beleza abre portas, janelas e cadeados. Ser uma pessoa bonita, no sentido estético da palavra, e dentro dos padrões da sociedade (que na verdade eu acho um saco, porque beleza é relativa e eu adoro gente esquisita) dá um empurrãozinho básico em quem quer chegar em algum lugar, sendo na balada pra arrumar paquera, ou pra descolar um emprego que não exige muito... Muito cérebro.

Não, não tenho NADA contra gente bonita. Muito pelo contrário, adoro demais. Faz bem aos olhos e pra auto-estima de muita gente, com certeza. Estou falando sobre a beleza ocupar lugares em que muitas vezes seria mais interessante e eficaz que outras competências tomassem a frente, porque vejam bem... De que adiantaria uma bela secretária burra?

E calma... Também NÃO estou dizendo que toda gente bonita é burra, to querendo dizer que além da beleza, tem que ter competência pro que for fazer, ora... A união da beleza com conteúdo é o paraíso na terra.

Beleza vem, e passa. E ela não vale muita coisa se vier completamente solitária.

A beleza garante pontos em até certo tempo, mas depois algo tem que vir junto. Não dá pra conversar, se relacionar ou manter uma atração por alguém durante muito tempo que só é... Bonita. Assim como também não dá pra casar com alguém que só é inteligente. É a união de várias qualidades que garantem o sucesso.

Tem que ter papo, presença, inteligência... Tem que saber discordar, explicar porque está discordando, defender seu ponto de vista... Fala sério: 'Sim' e 'Não' é resposta de burro e mata qualquer tesão.

Ter senso de humor, um belo sorriso e se entregar na hora H fazem toda a diferença.

Agora... Quer viver só de beleza? Vá trabalhar de modelo, manequim... Mas uma hora também acaba, tá? Vida de cinderela é só até a meia noite.

O poder de decisão

Amor.

Amor...

Amor.



Não tem jeito... Tudo que vai, um dia volta. Ah... Volta sim. Em outro momento, com lugares e pessoas diferentes, mas volta. Aquela situação chata em que você foi "A" vítima de um idiota qualquer volta a sua vida de outra forma: você, com o poder de decisão que aquela pessoa teve na sua vida por um momento.

Não entendeu?

Um exemplo: Michele sempre paquerava um amigo-de-uma-amiga, e sempre que ele aparecia rolavam olhares e troca de investidas. Eles acabaram ficando e Michele logo se encantou, pensando assim que esse poderia ser o início de um relacionamento. O que ela não contava é que seu ficante estava em outro momento da vida: aquele em que a diversão era o que ele precisava pra esquecer um fracassado relacionamento anterior.

E como ele não estava a fim de nada sério, dispensou Michele da maneira mais idiota: tratou logo de ficar com uma conhecida dela.

Agora os papéis se inverteram: Michele precisa dispensar Bruno, um moço que poderia ser tudo o que ela desejaria em alguém, mas não agora, porque depois de tantos tropeços em relacionamentos fracassados, ela não se sente pronta pra entrar em um novo caso. E este papel não a faz se sentir nada bem: Bruno irá sofrer um tiro em sua auto-estima assim que Michele o dispensar.

Ela pode escolher.

Ela poderia sumir da vida dele, sem nem ao menos dizer nada... Afinal de contas, o silêncio acaba dizendo alguma coisa.

Ou fazer o mesmo que o lixo do seu ex-ficante: sair com outra pessoa só pra mostrar que o que aconteceu entre eles foi só uma curtição, um momento.

Mas ela escolheu fez o que devemos fazer quando temos o problema de outra pessoa em mãos: se colocar no lugar dele, mesmo que por um minuto.

Entender a dor de outra pessoa nos faz agir de forma mais correta e decente quanto ao problema em que ela se encontra.

Depois de uma conversa franca com Bruno, e de um tempo (claro) pro cara digerir e entender a situação, Michele e ele se falam, dão risadas e mantêm uma relação de afeto e respeito. Porque afinal de contas... Do amanhã só Deus sabe.
"Estou começando esta coluna sem título porque acredito que escrevê-la assim, sem uma prévia do que virá, vai acabar dando a ela um norte, um objetivo. Ou de repente, até mesmo você leitor através dos comentários, pode enviar uma opção para o nome dela. Que tal?
Já digo sobre o que gosto de falar: relações humanas. Essa ligação intensa e maluca que todos utilizam, mas pouca gente entende. Porque amamos, porque queremos, porque brigamos, por que.. por que... por quê? Ahn? O porque não sei...
Só sei que temos VIDA, vontade, energia que nos faz mudar e querer aquilo que ainda não conquistamos.
Mudar aquilo que não se pode, ou não se parecia possível.
Melhorar. Fazer diferente.
E talvez, quem sabe, esse seja um dos porquês - porque vivemos, e vida é isso - mudança constante, infinita.
Imagina você andar com o mesmo sapato por toda a sua vida, fazer o mesmo caminho diariamente e conviver sempre com as mesmas pessoas?
Não, não dá. É limitação demais pra um mundo deste tamanho e com tanta coisa a oferecer. Viver se limitando é o mesmo que escravidão.
Então, aproveite este clima de "reflexão do dia" (tô me sentindo o autor de Minutos de sabedoria, juro) e pense em algo que você pode fazer diferente hoje. Mas tem que ser HOJE mesmo. Amanhã é outro dia, tá super longe e sabe-se lá o que vai acontecer.
Então permita-se.
Ande do lado oposto da rua para vê-la de um ângulo diferente e cumprimente aquela persona non grata só para sentir um gostinho de surpresa alheia. Sei lá...sabe aquele pé pintado com esmalte vermelho que você de-tes-ta? Vai lá...pinta igual. Quem sabe não fica bacana?
Mas faça.
Viver com um olhar do tipo 'sou do contra' sem ao menos entender o porque disso, além de te deixar com 20 anos a mais do que você tem, vai te livrar de algo que é primordial a construção do aprendizado: a experiência..."